quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Diário de um carteiro e o cachorro


DIA I
Todo dia tem aquele morador que mal avista o amarelinho, já fica olhando ansioso, como uma criança à espera de um doce e dispara a pergunta de sempre:
-Ô carteiro! Tem carta pra mim?
Mas o carteiro passa reto, sem nenhuma cartinha, que tristeza!
De repente, volta o amarelinho...
-Ops, essa é nesse endereço.
-É conta, é conta? Então pode levar de volta...hehe - disfarça o ansioso.

DIA II
O carteiro segue a rua, toca o interfone, coloca a mão na caixa de correspondência e os cachorros começam a latir. Late o da casa, o do vizinho, o da calçada da frente, o que está vagando pela rua, late todo cão do quarteirão.
Quanta cachorrada nessa vida de carteiro!

DIA III
Para o cachorro, carteiro é o inimigo número um. É aquele que não invade o seu território, mas fica ameaçando, fazendo barulhos, conversando com seu dono, irritando todos os caninos das redondezas! Atacar! Au, au, au, au, au, au!!!

DIA IV
Perna de carteiro não é poste, antes fosse, pois aí seria alvo só do jato de xixi e não daquela mordida raivosa, que é como um bote certeiro, de rara oportunidade, cujo erro é inadmissível, pois não sabe quando haverá outra chance.

DIA V
É a esperteza do carteiro que define se haverá mordida ou não.
Passou no concurso dos Correios? Vai entregar carta?
Então #fica a dica:
Regra 1: encare o cão de frente!
Regra 2: nunca vire as costas pro bicho!
Regra 3: siga em frente com o serviço, mas lembre de olhar pra trás!
Contra as regras? Vale tudo, MMA! Pode ser pedrada, bicuda, cuspida na cara, bicicleta amarela como armadura de defesa, entre outras.

PARABÉNS AOS CARTEIROS! 25/01
- Homenagem aos carteiros, escrita a 4 mãos, por Priscila blogueira e Tiago carteiro.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BODAS DE MADEIRA

1 ano de casamento: Bodas de Papel
2 anos de casamento: Bodas de Algodão
3 anos de casamento: Bodas de Couro
4 anos de casamento: Bodas de Flores e Frutas
5 anos de casamento: Bodas de Madeira
No ano do papel, tudo é mais sensível. Se o papel ficar na água desmancha, no fogo vira cinza, no sol perde a função, ao vento é levado embora..Portanto, todo cuidado é pouco. Em todas as suas utilidades o papel pode se perder. No embrulho amassa, o jornal envelhece, alguns são descartáveis, próprios para higiene, mas a sua melhor companhia é a caneta. Pegue o papel e comece a escrever a história, anotar os sonhos, para dividi-los e depois realizá-los.
O algodão apresenta muitas utilidades. Umedeça-o e coloque um grão de feijão. Irá germinar. Deixe florescer e dar frutos. Reflita: em 2 anos já é hora de planejar a vida em família.
As bodas de couro representam um tempo de maior valor. Já são 3 anos de vida em comum, é hora de transformação. A matéria poderá ser transformada em produto. O que um pensa, o outro já pode realizar. É tempo de cumplicidade.
E os cinco anos vividos e compartilhados são muito bem representados pela madeira. À primeira vista é sem vida, pode parecer rotina, mas é resistente e nesse tempo você pode criar novos caminhos, inventar outros meios e usufruir de aconchego.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A arte de dificultar as coisas

Pra que facilitar se podemos dificultar?
Está seco? Então molhe.
Tá arrumado? Desarrume.
Tá na sombra? Vá para o sol.
Subir pelo elevador? Prefira escada.
É longe? Vamos a pé!
Vai cortar o tomate? Use faca sem amolar.
Ande descalço no chão molhado.
Tome banho de roupa.
Penteie o cabelo com os dedos.
Coloque chinelo com meias.
Fale ao telefone quando a bateria está fraca.
Tente molhar a chuva e secar o gelo!
Feito tudo isso, pergunte a si mesmo:
-A vida é difícil ou somos nós que criamos curvas pela nossa estrada?

Endereço certo

O fim da alegria é a tristeza, mas esta, para muitos, não é só o final, mas também o começo e o meio, o combustível de uma jornada. É o que movimenta a vida e guia as ações, é o chicote que açoita o escravo.
Isso vale pra quem faz tudo na vida mais difícil; dos obstáculos, os mais altos, dos acontecimentos, os mais penosos e do futuro, um profundo abismo.

A insensatez humana é demonstrada não só por atos, mas principalmente por palavras.
As palavras do insensato não tem medidas, são lançadas como flechas sem rumo, que atingem qualquer um que esteja no percurso.
O insensato age por impulso, pois geralmente ele não tem um porto seguro. A sua insegurança traz a ansiedade, que se confunde com a liberdade. E essa permite grandes voos e inesperadas fugas,pois, ser livre, é como ter asas.


Quando o pouco é importante, o mínimo já é o bastante.
Quem não valoriza as pequenas conquistas, torna ínfimo tudo o que almeja.
Nunca subestime os bens alcançados, pois, sem perceber, transformará seu prazer em angústia.
Dê valor a quem está a seu lado, para que a convivência não se torne um enfado.